ORIGEM DA PÁSCOA - II

domingo, 4 de abril de 2010



A ORIGEM DA PÁSCOA
            A instituição da primeira páscoa deu-se por ordenança do Senhor ao povo judeu, na noite em que foram libertos da escravidão do Faraó do Egito.
Êxodo 12.1 a 14:  E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:  Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: 
Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras;   o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.
E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo. Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.
E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.  Por ordenança do Senhor a festa da Pascoal pela libertação da escravidão do Egito  passou a ser comemorada anualmente:
Êxodo 23. 14, 15 : Três vezes no ano me celebrareis festa.
Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim.
A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA PELA LEI
Números 1ao 5:  E falou o SENHOR a Moisés no deserto do Sinai, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, no primeiro mês, dizendo: Que os filhos de Israel celebrem a Páscoa a seu tempo determinado.
No dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos, a celebrareis.
Disse, pois, Moisés aos filhos de Israel que celebrassem a Páscoa. Então, celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês, pela tarde, no deserto do Sinai; conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel.
A ÚLTIMA PÁSCOA E A PRIMEIRA CEIA DE CRISTO
Mateus 26.17 a 20 – 26 a  28 - E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e dizei-lhe: O Mestre manda dizer:  O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. E eles fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos.  Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue o sangue do Novo Testamento, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
A ordenança para a celebração da páscoa havia-se encerrado, sendo estabelecida a primeira ceia, pelo  corpo de Cristo em sacrifico vivo e pela aspersão do seu sangue, para nos remir de toda obra do pecado. Tendo o Senhor ainda ordenado: Fazei isso em memória de mim.
A PÁSCOA COMEMORADA HOJE
            Em consonância com a palavra de Deus, a páscoa que se comemora hoje, é nada mais que uma simples festa pagã, pois não possui vínculo algum com a Páscoa instituída por Deus ao povo Judeu, em comemoração a libertação da escravidão do Egito. Também não se relaciona com a santidade da ceia que foi  por Cristo estabelecida, em honra a sua memória.
O que o povo comemora então, se não uma festa de idolatria, paganismo e simbolismo sem fundamento algum, como a aparição do coelho e do ovo de páscoa, algo puramente direcionado para fins comerciais, e ainda usando o santo nome do Senhor em vão.  
É preciso ter cuidado com essas coisas que não sabemos  a origem,  coisas que tem aparência de santidade, mas que subliminarmente é exaltação e veneração   ao reino  de satanás.  Vamos conhecer um pouco dessa história:
A ORIGEM DO COELHO E DO OVO
Os celtas utilizavam o ovo nos rituais, pintavam os ovos e os enterravam, pois consideravam o ovo símbolo de renascimento. Daí veio a lenda dos ovos da páscoa, que graças ao capitalismo se tornou uma forma de comércio com os ovos de chocolate.  E utilizavam o coelho, como representação da fertilidade, originando-se o reconhecido coelho da páscoa.
         O cristianismo (só de aparência) fez com a páscoa exatamente como inventou com o Natal, apanhou uma data onde já existia uma celebração, e criou uma nova história   para que a antiga fosse esquecida.
Atualmente ate hoje Ostara, assim como os outros 7 sabbahs, é praticada pelos Wiccans e seguidores do antigo paganismo.
Segundo historiadores, a civilização Celta teve sua origem numa área da Áustria, próximo ao sul da Alemanha, donde se expandiu por toda a Europa, influenciando toda em região através da cultura, das artes e da lingüística.
Outra versão para a origem dos Celtas, diz que eles teriam vindo do continente perdido de Atlântida, migrando para a parte ocidental da Europa onde se desenvolveram.
A religião celta era rica em simbolismos e rituais e baseava-se no culto a natureza e a deusa mãe, o que fez com que a sociedade celta fosse esotérico-religiosa e matriarcal.
Justamente esse povo celta que criou  a fantasia do coelhinho e do ovo de páscoa pelo simbolismo e rituais a deuses estranhos.
CONPILAÇÃO DO ESTUDO
Este estudo foi compilado da seguinte nos seguintes termos:
- Estudo na bíblia sagrada, versão revista e corrigida  tradução de João   
  Ferreira de Almeida, Antigo e Novo Testamento do Senhor Jesus Cristo.
PESQUISA NOS SITES:
- E assuntos relacionados ao tema no site:
www.cristoeaverdade.net

PÁSCOA

Não queria passar o dia de hoje sem postar alguma coisa sobre esta data tão importante para os Cristãos, e para toda a humanidade:


A Primeira Páscoa

Exodo

Capítulo 12:14-27, v.43-cap.13:16

Esta passagem introduz a festa da páscoa (passar por cima), que ainda hoje é celebrada, com algumas modificações, pelos judeus. Ela comemora a passagem do SENHOR sobre as casas dos israelitas que haviam passado o sangue do seu cordeiro nos umbrais e viga da porta da sua casa (versículo 13), poupando os seus primogênitos da morte.
Alguns detalhes foram acrescentados na lei que Moisés recebeu do SENHOR (Números 9:10, 11, 28:16-24; Levítico 23:10-14; Deuteronômio 16:2, 5, 6; 2 Crônicas 30:16), e com o tempo incluíram também o cálice (Lucas 22:17, 20), e o molho (João 13:26).
É o início da festa dos pães asmos (Êxodo 23:15; Marcos 14:1; Atos 12:3), durando uma semana, assim chamada porque nenhum pão feito com fermento é permitido durante essa semana, nem é permitido ter fermento em casa (Êxodo 12:15).
A páscoa é celebrada depois do pôr do sol, que, para eles, é o início de um novo dia, neste caso o primeiro dia da festa dos pães asmos. Tanto este primeiro dia como o último, sétimo, são santificados como se fossem sábados. O cordeiro eventualmente passou a ser chamado páscoa (Marcos 14:12-14; 1Coríntios 5:7).
A festa tinha que ser celebrada perpetuamente, todos os anos, através das suas gerações, como solenidade ao SENHOR.
O cordeiro pascal era um tipo do Senhor Jesus Cristo. Ele é a nossa Páscoa (1 Coríntios 5:7).
  1. Tinha que ser um cordeiro; e Cristo é o Cordeiro de Deus (João 1:29), assim chamado também no livro do Apocalipse, manso e inocente, mudo diante dos tosquiadores, os carrascos.
  2. Tinha que ser um macho de um ano (versículo 5), em pleno vigor. Cristo ofereceu-se em sacrifício no início da sua maturidade, com toda a sua força e vitalidade.
  3. Deveria estar sem defeito (versículo 5). É a descrição do Senhor Jesus, um Cordeiro imaculado (1 Pedro 1:19). O juiz que O condenou (como o cordeiro deveria ser examinado para o sacrifício) o declarou inocente.
  4. Depois de escolhido, tinha que ser guardado, dentro da família, por quatro dias antes de seu sacrifício, assim confirmando sua saúde (versículos 3 e 6). O Senhor Jesus passou mais de três anos depois de seu batismo ministrando entre o povo de Israel, quando todos, inclusive seus inimigos, tiveram a oportunidade de verificar a sua santidade (Lucas 11:53, 54; João 8:46; 18:38, 1 Pedro 1:19). Também entrou em Jerusalém no mesmo dia em que o povo escolhia o seu cordeiro, quatro dias antes da Páscoa.
  5. O cordeiro deveria ser imolado, e assado no fogo (versículos 6 a 9). O fogo na Bíblia representa o castigo de Deus, e este caiu sobre Cristo quando ele levou sobre si o nosso pecado (João 12:24,27; Hebreus 9:22).
  6. A imolação do cordeiro tinha que ser feita no crepúsculo da tarde, literalmente entre as tardes, por toda a congregação de Israel (versículo 6). Toda a multidão dos judeus em Jerusalém (que vinham de todas as partes para a festa) gritava "crucifica-O" (Lucas 23:18), e Ele foi crucificado à tarde, na véspera do primeiro dia da festa dos Pães Asmos.
  7. Nenhum dos ossos do cordeiro deveria ser quebrado (versículo 46). Isto também foi profetizado a respeito do Messias (Salmo 34:20), e cumprido fielmente (João 19:33,36).
A festa dos pães asmos, começando com a celebração da Páscoa, é uma figura profética da remissão efetuada por Cristo daqueles que nele crêem (Êxodo 12:1-28; João 1:29; 1Coríntios 5:6, 7; 1 Pedro 1:18, 19):
  1. Seu sangue precisava colocado na porta de cada casa (Êxodo 12:7). Para nos salvarmos mediante o sacrifício feito por Cristo na cruz, é necessário que cada um de nós individualmente tomemos o passo de o recebermos pessoalmente (João 3:36, Hebreus 9:22).
  2. O sangue assim aplicado, constituía, ele só, na perfeita proteção contra o castigo (Êxodo 12:13). Também o sangue de Cristo é todo suficiente para nos justificar (1 João 1:7; Hebreus 10:10,14).
  3. O hissopo é uma planta comum, da família da hortelã, sendo usado na purificação de leprosos (Levítico 14:2-7), na purificação de pragas (Levítico 14:49-52) e no sacrifício da novilha vermelha (Números 19:2-6). O hissopo é figura da fé, unicamente mediante a qual podemos ser purificados pelo sangue de Cristo.
  4. Os pães asmos são um tipo de Cristo, o Pão da Vida (Mateus 26:26-28; 1Coríntios 11:23-26). Observar a festa era um dever e um privilégio, mas não influía na segurança dos participantes: os pães não foram comidos na noite em que os primogênitos foram salvos da morte, mas depois (Êxodo 12:34-39). Só é possível crescermos em nossa vida espiritual em Cristo depois da nossa conversão e novo nascimento: a essa altura já temos a vida eterna e não estamos mais expostos a julgamento e condenação.
  5. O fermento tinha de ser retirado das casas. Durante os sete dias, se alguém fosse apanhado comendo pão com fermento, ele deveria ser expulso (Êxodo 12:19). A palavra fermento aparece 21 vezes na Bíblia, e é um símbolo de corrupção e de mal (Mateus 16:6, 11; Marcos 8:15; 1Coríntios 5:7, 8). Seu uso foi estritamente proibido em todas as ofertas queimadas feitas ao SENHOR (Levítico 2:11; 7:12; 8:2; Números 6:15). O Senhor disse, em parábola, que "o reino do céu ésemelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Mateus 13:33). O fermento representa o mal que entra dentro de uma igreja, contaminando a todos (1 Coríntios 5:6-8).
  6. Era para ser comido com ervas amargas (versículo 8), lembrando o sofrimento do Egito. Também ao nos alimentarmos da Palavra de Deus, nós nos lembramos do sofrimento debaixo do jugo do pecado, que nos foi tirado.
  7. Devia ser comido às pressas, em prontidão para a viagem (versículo 11). Devemos sempre estar vigilantes, sabendo que poderemos deixar este mundo a qualquer momento: não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir (Romanos 13:14).
Consagrar significa dedicar a Deus, dando-lhe sua propriedade. A consagração descrita no capítulo 13, versículos 2 e 11 a 16 foi introduzida para que o povo se lembrasse sempre do livramento obtido pelo sangue do cordeiro.
O mês de Abibe, começando aproximadamente no equinócio de 21 de março, passou a ser o primeiro mês do calendário eclesiástico israelita, sétimo do seu ano civil. Passou a ser chamado Nisan depois do cativeiro (Neemias 2:1). O cordeiro era sacrificado na tarde do dia 15 de Abibe e comido à noite, quando começava o primeiro dia da festa dos Pães Asmos. Podia cair em qualquer dia da semana, calculando-se que o dia 15 foi uma quarta feira quando Cristo foi crucificado.
O ritual da consagração tem três objetivos:
  1. Lembrar os israelitas de como Deus havia poupado seus filhos e animais da morte, e libertado a todos da servidão.
  2. Mostrou que Deus, ao contrário dos deuses pagãos da antigüidade, não queria sacrifícios humanos.
  3. Simbolizava o dia em que Jesus Cristo nos compraria, pagando, de uma só vez, o preço do nosso pecado (1 Pedro 1:18-19).

R David Jones 

Fonte: www.bible-facts.info

SALMO 1



1  Bem-aventurado o homem que näo anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

2  Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.

3  Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas näo cairäo, e tudo quanto fizer prosperará.

4  Näo säo assim os ímpios; mas säo como a moinha que o vento espalha.

5  Por isso os ímpios näo subsistiräo no juízo, nem os pecadores na congregaçäo dos justos.

6  Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.


O segredo para ser feliz é este: não se deixar levar pelas más companhias;
não seguir pessoas que não querem saber de Deus; não se associar com
zombadores que desfazem ou distorcem a palavra de Deus.
Pois eles te afastam de Deus e te levam prá baixo

O que é necessário para que os homens deixem de 'andar segundo o conselho dos ímpios', ou de 'se deter no caminho dos pecadores' e 'se assentar na roda dos escarnecedores'? Somente o novo nascimento é o que torna o homem bem-aventurado e sem qualquer vinculo com o conselho, o caminho e a roda dos escarnecedores ( Sl 1:1 Tooltip ). Não é necessário aos cristãos deixarem de conviver com os ímpios para serem bem-aventurado.

Para os escribas, fariseus e saduceus havia uma grande discrepância entre as Escrituras (o Antigo Testamento) e o comportamento de Jesus.

Certa feita, após convidar Mateus para segui-lo em seu ministério, Jesus assentou-se para comer, e vieram muitos publicanos e pecadores e assentaram-se com Ele e com os seus discípulos.

Os fariseus vendo que Jesus havia se assentado com os pecadores para comer, passaram a indagar: "Por que come o vosso mestre com os publicanos e pecadores?" ( Mt 9:10 Tooltip -11).

Em outra ocasião uma grande multidão veio a Jesus para ouvi-lo, e os fariseus teceram um comentário semelhante: "Este recebe pecadores e come com eles" ( Lc 15:2 Tooltip ).

Quando Jesus resolveu ser hospede de Zaqueu, o chefe dos publicanos ficou preocupado com o que os fariseus e os escribas estavam dizendo. A preocupação foi tamanha que ele propôs dar metade de seus bens aos pobres "E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador" ( Lc 19:7 Tooltip ).

Os fariseus e escribas estavam intrigados com o comportamento de Jesus. Para eles, um judeu deveria ao menos conhecer o que diz os salmos e a lei, e muito mais alguém que se propôs ensinar o povo. Como seria possível Jesus se assentar e comer com os pecadores (gentios) e ainda exercer o ofício de mestre?

Para os religiosos judeus era inadmissível a 'miscigenação' cultural entre judeus e outros povos. Eles não admitiam a mistura do que pensavam ser santo com o que consideravam profano.

Os lideres do povo de Israel consideravam serem santo por descender da carne de Abraão, e, portanto, não podiam conviver num mesmo recinto com pessoas de outras nações. Por outro lado, Jesus entrava e se assentava na casa de pecadores para comer com eles sem se importar com o prescrito no Salmo primeiro.

Na visão dos religiosos era inadmissível alguém que se dizia mestre contrariar o que diz o Salmo primeiro: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" ( Sl 1:1 Tooltip ).

Entrar na casa dos pecadores e assentar-se à mesa para comer, configura que Jesus assentou-se na roda dos escarnecedores? Ao andar com eles pelo caminho, Jesus se deteve no caminho dos pecadores? Ao conversar com os pecadores, Jesus andou segundo o conselho dos ímpios?

Como conciliar o Salmo primeiro e o fato de Jesus entrar, assentar, comer e se hospedar na casa de pecadores

"BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda no seu caminho" ( Sl 128:1 
O salmo 128 é claro: "Bem aventurado aquele que teme ao Senhor...". É certo que há os que temem ao Senhor e são bem-aventurados, e os que não temem e estão sob maldição. Neste mesmo diapasão, há homens que andam no caminho que pertence ao Senhor, e os que não andam.
Qual é o caminho do Senhor? Qual o temor do Senhor?
Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14: 6).
Os fariseus e escribas estavam diante do Caminho que conduz os homens a Deus, mas seguiam somente os intentos dos seus corações. Mesmo não se aproximando de pessoas tidas por eles como sendo pecadoras, trilhavam o caminho de perdição. Por outro lado, embora Jesus estivesse assentando na mesma mesa e comendo com os pecadores, Ele não estava assentado na roda dos escarnecedores. Embora Jesus andasse com os pecadores, Ele não andava segundo o conselho dos ímpios.
Andar, falar, conviver e comer com os pecadores não muda o fato de que Cristo é o caminho que conduz a Deus. Mesmo assentado e comendo com os pecadores, Jesus, o ‘Caminho’, e o caminho dos pecadores nem mesmo se cruzaram.
Mesmo que um cristão esteja assentado em uma mesma mesa comendo com um grupo de pessoas ímpias, o caminho dos ímpios é o caminho de perdição e o caminho do cristão é o caminho de salvação.
Se os escribas e fariseus entendessem que Adão é a porta larga que dá acesso ao caminho largo que conduz à perdição, e Cristo, o último Adão, a porta estreita e o caminho estreito que conduz à salvação, jamais estranhariam o fato de Jesus comer na mesma mesa com os pecadores, pois comer, assentar e andar com os ímpios não é o mesmo que trilhar o caminho dos pecadores.
O que é necessário para que um homem deixe de andar segundo o conselho dos ímpios, ou de se deter no caminho dos pecadores e se assentar na roda dos escarnecedores? Um novo nascimento é o que torna o homem bem-aventurado e sem qualquer vinculo com o conselho, o caminho e a roda dos escarnecedores ( Sl 1:1 ). Não é necessário aos cristãos deixarem de conviver com os ímpios para serem bem-aventurado.
Desde a madre os ímpios se alienam de Deus e andam por um caminho de perdição "Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras" ( Sl 58:3  ). Somente após o novo nascimento o homem volta a compartilhar da glória de Deus ( Jo 17:22 ), e a andar no seu caminho ( Sl 128:1 ).
O que diferencia os justos dos ímpios é a porta por onde entraram, e não as interações e relações que que travam neste mundo. O nascimento natural é a porta larga por onde todos os homens entram ao nascer, e o novo nascimento segundo o último Adão a porta estreita por onde poucos entram ao crer em Cristo ( Mt 7:13).
O conselho, o caminho e a roda dos ímpios teve origem na queda de Adão. O caminho do Senhor é Cristo, pois Ele é o temor do Senhor e o último Adão. Ele é a porta estreita por quem ou onde os homens devem entrar para seguir pelo caminho de salvação.
Ao nascer de novo, ou seja, ao entrar pela porta estreita, jamais será possível andar no caminho dos ímpios, mesmo se compartilharem os mesmos talheres.  

fonte: www.estudobiblico.org

CRONOLOGIA DO MUNDO BIBLICO





Achei muito interessante este texto.......




Uma introdução à Cronologia do Mundo Bíblico
Professora Doutora Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
O que é Cronologia?

A Cronologia (do grego cronos=tempo; logia= estudo, tratado) é a Ciência que estuda as divisões do tempo e a determinação da ordem e sucessão dos acontecimentos. A Cronologia Bíblia é uma especialização desta ciência e visa a identificação cronológica, ou seja, por datas organizadas, dos eventos narrados na Bíblia.
Também chamamos de cronologia a uma espécie de classificação, tabela ou lista de acontecimentos na ordem do tempo. Vejamos, como exemplo, a cronologia do reinado dos reis de Judá desde a Morte de Salomão, quando o Reino de Israel é dividido, até a conquista de Judá pelos babilônicos: 




Datas Reinados
931 aC.  Morte de Salomão e divisão do Reino
931-914 aC  Reinado de Roboão
914-912 aC  Reinado de Abiam
912-871 aC  Reinado de Asa
871-848 aC  Reinado de Josafá
848-841 aC  Reinado de Jeorão
841 aC  Reinado de Ocozias
841-835 aC  Reinado de Atalia
835-796 aC  Reinado de Joás
796-767 aC  Reinado de Amasias
767-750 aC  Reinado de Ozias
750-734 aC  Reinado de Joatão
734-727 aC  Reinado de Acaz
727-698 aC  Reinado de Ezequias
698-643 aC  Reinado de Manassés
643-641 aC  Reinado de Amon
640-609 aC Reinado de Josias


O Calendário Cristão:
Você deve ter percebido que as datas apresentadas na Cronologia acima estão em ordem decrescente, ou seja, do número maior para o menor. Por que isto acontece?
No decorrer da História, os diversos povos foram criando formas de contar o tempo e guardar na memória a data dos fatos mais importantes. O método mais comum era utilizar os anos de governo de um rei. Este é o método usado, por exemplo, no livro de Daniel (Daniel 8:1), Mateus (Mateus 2:1), Jeremias (Jeremias 1:1), dentre muitos outros. Também poderiam ser usados como referência para contar o tempo acidentes naturais, como terremotos (Amós 1:1); acontecimentos políticos, como o exílio (Ezequiel 1:1); festas, como o Pentecostes (Atos 2:1); grandes construções, como o Templo de Jerusalém, II Crônicas 8:1) etc.
Durante a Idade Média, porém, um monge resolveu simplificar a forma de contar o tempo. Ele criou um sistema de contagem de tempo que possuía como ponto central o nascimento de Cristo, que ele considerou como ano 1. Assim, tudo o que ocorrera antes ou depois do nascimento de Cristo era contado tomando como referência esta data. Assim, como Herodes começou a reinar na Palestina 37 anos antes de Jesus nascer, a data do início de seu reinado é o ano 37 aC. Já a conversão de Paulo, ocorreu 34 anos depois do nascimento de Jesus, logo, a data deste acontecimento é 34dC. Veja o gráfico:
Nascimento de Cristo
________!___________________________* ___________________________!______
37                                                             1                                                          34
Acontecimentos antes do nascimento de Cristo= aC Acontecimentos depois do nascimento de Cristo= dC
É por isso que na Cronologia Cristã, que é a adotada atualmente em quase todo o mundo, as datas antes do nascimento de Cristo sempre vão diminuindo e, depois, aumentando. Neste sentido, Salomão morreu em 931 aC porque morreu 931 anos antes de Jesus nascer e estamos no ano 2000, porque estamos vivendo 2000 anos depois do nascimento de Cristo.
Geralmente usamos somente a sigla aC, para alertar que estamos falando de datas anteriores ao nascimento de Cristo, já que estas menções são mais raras. No dia a dia, como a maioria das datas a que fazemos referência são de acontecimentos posteriores ao ano 1, acabamos por abolir a sigla dC.
Panorama Cronológico do Antigo Testamento:

Não poderemos incluir, aqui, uma cronologia completa de todos os acontecimentos do Antigo Testamento.  O que faremos a seguir é apresentar os principais períodos da História Bíblica, dos Patriarcas a volta do Exílio Babilônico, cerca do V século aC. Faz-se importante ressaltar que muitas destas datas são incertas, já que se referem a acontecimentos muito antigos, sobre os quais há poucas informações na Bíblia ou fora dela, e que, portanto, torna-se muito difícil organizá-los em uma Cronologia.
Época dos Patriarcas - Os primeiros acontecimentos Históricos narrados na Bíblia, ou seja, possíveis de serem datados, remontam à Abraão, por volta de 1850 aC. Com ele se inicia o período conhecido como Época dos Patriarcas. Este período, que finaliza por volta de 1778 a 1610 aC., compreende, desde a instalação dos Patriarcas em Canaã até o seu deslocamento para o Egito.
Permanência no Egito - É provável que os hebreus tenham permanecido no Egito até 1250 aC. Ali o povo cresceu muito e chegou a ser escravizado.
Êxodo - Segundo os estudiosos, a saída dos hebreus do Egito ocorreu por volta de 1250 aC.
Instalação na Palestina - A chegada dos hebreus em Canaã aconteceu cerca de 1230 aC. Este povo levou mais ou menos dois séculos conquistando e organizando-se neste território. Este período, que finaliza com a unção de Saul como rei por volta de 1030 aC, também é conhecido como Época ou período dos juízes.
Reino de Israel - Este período abarca os reinados de Saul (1030-1010 aC.), momento de transição da organização em tribos para o sistema monárquico; de Davi (1010-971 aC), etapa de grandes campanhas militares; e de Salomão (971-931 aC), época de grande estabilidade e riqueza, quando é criada uma corte em Jerusalém.
Reino Dividido: Judá e Israel - Após a morte de Salomão, as tribos do norte se separaram, criando o reino de Israel ou do Norte. Este reino possuía uma área geográfica maior e era mais rico que o reino do Sul ou de Judá. Porém, politicamente era instável, ao contrário do de Judá, que continuou governado pela dinastia de Davi. O Reino de Israel iniciou-se com o reinado de Jeroboão I, após a morte de Salomão, em 931 aC, e se prolongou até 722 aC, quando este reino foi conquistado pelos Assírios. Já o reino de Judá, também inaugurado após a morte de Salomão, teve como primeiro rei Roboão, seu filho, e prolongou-se até a conquista pelos babilônicos em 597 aC.
Exílio Babilônico - Muitos judeus foram deportados para a Babilônia, onde viviam organizados em comunidades. O exílio prolongou-se de 597 aC, momento em que foi realizada a primeira deportação, até 539 aC, quando o Império Babilônico chega ao fim após sua conquista pelos persas.
Volta do Exílio e reorganização de Judá - Em 538 aC Ciro, rei dos Persas, assina um edito que põe um ponto final ao exílio judaico na Babilônia. No ano seguinte, inicia-se a volta para a Judéia. Este período é marcado pela reconstrução das muralhas e do Templo de Jerusalém. Como a Judéia perdeu a sua autonomia política, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo de sacerdotes e por governadores impostos pelos impérios que dominavam a região. Após o domínio persa, que finaliza em 331 aC, a Judéia passa a ser controlada pelos gregos.
Conclusão:

A cronologia bíblica é um auxílio importante para os que querem conhecer melhor o texto bíblico, pois nos permite situar no tempo as personagens e os acontecimentos narrados na bíblia, bem como os próprios textos. Sem dúvida, quando temos o conhecimento de quando atuou, por exemplo, o profeta Ezequial, suas mensagens se tornarão muito mais compreensíveis para nós.
Um estudo cronológico não é um estudo histórico, já que o historiador tem preocupações bem diferentes da do cronógrafo, mas é um instrumental fundamental para conhecermos melhor a cultura e a história de um povo, em nosso caso, os povos mencionados no Antigo Testamento.

FONTE: WWW.IFCS.UFRJ.BR